COMO DEVE SER O LANCHE ESCOLAR
Opções de merenda oferecidas nas cantinas podem ser substituídas por cardápios mais saudáveis e mais baratos
Um copo de leite, cinco biscoitos recheados e uma maçã fornecem 427,5 calorias e representam R$ 1,20 a menos no seu bolso. Uma coxinha, uma porção de batatinhas, uma lata de refrigerante e balas fornecem 498,8 calorias e significam R$ 3,80 a menos para você. Qual desses lanches você recomendaria para ser consumido por uma criança em idade escolar?
Como os valores calóricos dos lanches são muito próximos, o preço parece ser a única diferença entre os dois – mas não é. O primeiro lanche também leva vantagem por causa de sua composição nutricional: agrega alimentos ricos em cálcio, vitaminas, fibras e minerais. Segundo a nutricionista Beatriz Tenuta Martins, “o cálcio é importantíssimo para essa faixa etária, pois consolida ossos e dentes. O consumo de vitaminas, minerais e fibras, por sua vez, está diretamente ligado à manutenção da saúde geral das crianças”.
O segundo lanche pode até ser mais atraente para as crianças, mas é condenado pelos nutricionistas. Além de não atingir a recomendação mínima de proteínas (nove gramas), o cardápio é rico em “calorias vazias”, ou seja, não traz nenhum alimento que seja fonte importante de vitaminas e minerais. Por fim, a coxinha e as batatinhas são ricas em um mesmo nutriente: gordura. Em excesso, mesmo para as crianças, a gordura é prejudicial à saúde: pode causar obesidade nos jovens e doenças cardiovasculares no futuro. Os nutricionistas apontam que o consumo de refrigerantes, balas, doces e frituras causa acúmulo de sal, gordura e açúcar no organismo dos jovens e pode ser responsável por colesterol alto, mau rendimento escolar, retardamento no crescimento e maior risco de contrair doenças. Infelizmente, as cantinas escolares, que no fundo são estabelecimentos comerciais, priorizam a venda desses produtos.
Fuja do fast-food
O primeiro passo para evitar que as crianças se alimentem mal é orientá-las sobre o que pode e não pode ser consumido por elas. “A educação alimentar deve começar cedo”, afirma a nutricionista Regina Célia dos Santos. “Em casa, as crianças devem ser estimuladas a ingerir alimentos variados e ricos em vitaminas, fibras e minerais. Também devem aprender a importância do lanche para que não fiquem em jejum durante o tempo em que estão na escola, o que pode prejudicar seu rendimento”. Mas as nutricionistas alertam que o lanche não deve ultrapassar 15% das necessidades diárias da criança, ou seja, deve ter entre 350 calorias e 500 calorias. Esse é mais um ponto negativo para a maioria dos lanches de cantinas: por serem muito calóricos, podem tirar o apetite das crianças para as principais refeições. Para que isso não aconteça, oriente as crianças a trocar frituras por salgados assados ou sanduíches naturais, refrigerantes por sucos de frutas, doces por frutas.
A nutricionista Maria Aparecida Vieira lembra que as crianças precisam ser educadas para consumir corretamente. Na cantina, elas devem ficar atentas ao prazo de validade dos produtos e à embalagem dos mesmos. Assim como os adultos, elas devem recusar embalagens danificadas, amassadas ou abertas.
Lanche feito em casa
Outra opção saudável, e mais barata, é preparar o lanche da criança em casa. Evite mandar salgadinhos, refrigerantes, balas, pacotes inteiros de bolachas. O lanche deve ser leve e em pequenas quantidades. Cinco bolachas recheadas, e não um pacote inteiro, são suficientes para a criança, desde que acompanhadas de um suco e uma fruta. Nesse caso, o pacote de bolacha rende mais, já que é dividido em pequenas porções. Se a criança compra um pacote de qualquer guloseima na escola, dificilmente sobrará algo para o próximo lanche.
Além dos cardápios apresentados nas três fotos acima, você também pode montar, com a criança, outros lanches saudáveis e baratos. Discuta com ela suas preferências e tente adequá-las às seguintes orientações:
●inclua leite e seus derivados, ricos em cálcio e excelentes fontes de proteína;
●inclua frutas de fácil consumo (pêra, maçã, banana) e sucos, que contêm vitaminas;
●alterne alimentos doces com salgados, sempre atento à quantidade;
●inclua alimentos frescos.
A conservação dos alimentos também merece cuidados. Verifique se a cantina da escola oferece algum espaço refrigerado para armazenar os lanches trazidos de casa. Caso isso não seja possível, não prepare lanches com embutidos (presunto, salame) e outros ingredientes que podem se deteriorar. Leites e sucos acondicionados em embalagens longa-vida são os mais indicados.
Não esqueça a água
Outro nutriente que não pode faltar e que deve ser oferecido em abundância é a água. Apesar de as crianças preferirem tomar refrigerantes e sucos, que contêm muito açúcar, estimule-as a beber água sempre que estiverem com sede. Além de mais saudável, uma ida ao bebedouro é mais econômica que a compra de uma bebida na cantina.
Um copo de leite, cinco biscoitos recheados e uma maçã fornecem 427,5 calorias e representam R$ 1,20 a menos no seu bolso. Uma coxinha, uma porção de batatinhas, uma lata de refrigerante e balas fornecem 498,8 calorias e significam R$ 3,80 a menos para você. Qual desses lanches você recomendaria para ser consumido por uma criança em idade escolar?
Como os valores calóricos dos lanches são muito próximos, o preço parece ser a única diferença entre os dois – mas não é. O primeiro lanche também leva vantagem por causa de sua composição nutricional: agrega alimentos ricos em cálcio, vitaminas, fibras e minerais. Segundo a nutricionista Beatriz Tenuta Martins, “o cálcio é importantíssimo para essa faixa etária, pois consolida ossos e dentes. O consumo de vitaminas, minerais e fibras, por sua vez, está diretamente ligado à manutenção da saúde geral das crianças”.
O segundo lanche pode até ser mais atraente para as crianças, mas é condenado pelos nutricionistas. Além de não atingir a recomendação mínima de proteínas (nove gramas), o cardápio é rico em “calorias vazias”, ou seja, não traz nenhum alimento que seja fonte importante de vitaminas e minerais. Por fim, a coxinha e as batatinhas são ricas em um mesmo nutriente: gordura. Em excesso, mesmo para as crianças, a gordura é prejudicial à saúde: pode causar obesidade nos jovens e doenças cardiovasculares no futuro. Os nutricionistas apontam que o consumo de refrigerantes, balas, doces e frituras causa acúmulo de sal, gordura e açúcar no organismo dos jovens e pode ser responsável por colesterol alto, mau rendimento escolar, retardamento no crescimento e maior risco de contrair doenças. Infelizmente, as cantinas escolares, que no fundo são estabelecimentos comerciais, priorizam a venda desses produtos.
Fuja do fast-food
O primeiro passo para evitar que as crianças se alimentem mal é orientá-las sobre o que pode e não pode ser consumido por elas. “A educação alimentar deve começar cedo”, afirma a nutricionista Regina Célia dos Santos. “Em casa, as crianças devem ser estimuladas a ingerir alimentos variados e ricos em vitaminas, fibras e minerais. Também devem aprender a importância do lanche para que não fiquem em jejum durante o tempo em que estão na escola, o que pode prejudicar seu rendimento”. Mas as nutricionistas alertam que o lanche não deve ultrapassar 15% das necessidades diárias da criança, ou seja, deve ter entre 350 calorias e 500 calorias. Esse é mais um ponto negativo para a maioria dos lanches de cantinas: por serem muito calóricos, podem tirar o apetite das crianças para as principais refeições. Para que isso não aconteça, oriente as crianças a trocar frituras por salgados assados ou sanduíches naturais, refrigerantes por sucos de frutas, doces por frutas.
A nutricionista Maria Aparecida Vieira lembra que as crianças precisam ser educadas para consumir corretamente. Na cantina, elas devem ficar atentas ao prazo de validade dos produtos e à embalagem dos mesmos. Assim como os adultos, elas devem recusar embalagens danificadas, amassadas ou abertas.
Lanche feito em casa
Outra opção saudável, e mais barata, é preparar o lanche da criança em casa. Evite mandar salgadinhos, refrigerantes, balas, pacotes inteiros de bolachas. O lanche deve ser leve e em pequenas quantidades. Cinco bolachas recheadas, e não um pacote inteiro, são suficientes para a criança, desde que acompanhadas de um suco e uma fruta. Nesse caso, o pacote de bolacha rende mais, já que é dividido em pequenas porções. Se a criança compra um pacote de qualquer guloseima na escola, dificilmente sobrará algo para o próximo lanche.
Além dos cardápios apresentados nas três fotos acima, você também pode montar, com a criança, outros lanches saudáveis e baratos. Discuta com ela suas preferências e tente adequá-las às seguintes orientações:
●inclua leite e seus derivados, ricos em cálcio e excelentes fontes de proteína;
●inclua frutas de fácil consumo (pêra, maçã, banana) e sucos, que contêm vitaminas;
●alterne alimentos doces com salgados, sempre atento à quantidade;
●inclua alimentos frescos.
A conservação dos alimentos também merece cuidados. Verifique se a cantina da escola oferece algum espaço refrigerado para armazenar os lanches trazidos de casa. Caso isso não seja possível, não prepare lanches com embutidos (presunto, salame) e outros ingredientes que podem se deteriorar. Leites e sucos acondicionados em embalagens longa-vida são os mais indicados.
Não esqueça a água
Outro nutriente que não pode faltar e que deve ser oferecido em abundância é a água. Apesar de as crianças preferirem tomar refrigerantes e sucos, que contêm muito açúcar, estimule-as a beber água sempre que estiverem com sede. Além de mais saudável, uma ida ao bebedouro é mais econômica que a compra de uma bebida na cantina.
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